quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Faça amor, não faça guerra

Sempre fui contra a violência. Nunca entendi as guerras humanas.

Na linha do slogan "faça amor, não faça guerra", ícone da geração hippie dos anos 70, fiquei pensando no tanto de coisa boa que há para se fazer na vida. Fiz uma lista de 50 itens, pensando que de repente pode cair em alguma aldeia afegã, iraquiana, iraniana, americana.... numa boca de fumo carioca, numa comunidade brasileira, no meio de uma gang violenta... e influenciar alguma alma guerreira que busca uma alternativa de vida nesse exato momento.

Caro guerreiro, talvez você não tenha tido oportunidade de pensar nisso, mas a vida pode ser diferente. Simples, divertida e diferente. Aqui seguem algumas ideias:

Faça esporte, não faça guerra.
Faça música, não faça guerra.
Faça o bem, não faça guerra.
Faça uma viagem, não faça guerra.
Faça artesanato, não faça guerra.
Faça um bolo, não faça guerra.
Faça scrapbooking, não faça guerra.
Faça meditação, não faça guerra.
Faça juras de amor, não faça guerra.
Faça yoga, não faça guerra.
Faça tricot, não faça guerra.
Faça tai chi chuan, não faça guerra.
Faça capoeira, não faça guerra.
Faça malabarismo, não faça guerra.
Faça tapeçaria, não faça guerra.
Faça uma pipa, não faça guerra.
Faça um desenho, não faça guerra.
Faça poesia, não faça guerra.
Faça uma oração, não faça guerra.
Faça piruetas, não faça guerra.
Faça uma prece aos céus, não faça guerra.
Faça um verso de amor, não faça guerra.
Faça uma piada, não faça guerra.
Faça uma cama de gato, não faça guerra.
Faça alguém sorrir, não faça guerra.
Faça um diário, não faça guerra.
Faça uma boa leitura, não faça guerra.
Faça um carinho, não faça guerra.
Faça bolhas de sabão, não faça guerra.
Faça desenhos na areia, não faça guerra.
Faça papel reciclado, não faça guerra.
Faça esculturas de cerâmica, não faça guerra.
Faça pintura em gesso, não faça guerra.
Faça arquitetura, não faça guerra.
Faça medicina, não faça guerra.
Faça diplomacia, não faça guerra.
Faça um filho, não faça guerra.
Faça uma horta, não faça guerra.
Faça uma doaçao, não faça guerra.
Faça trabalho voluntário, não faça guerra.
Faça uma carta de amor, não faça guerra.
Faça uma toalha de renda, não faça guerra.
Faça uma homenagem, não faça guerra.
Faça um curso de língua estrangeira, não faça guerra.
Faça um carrinho de rolimã, não faça guerra.
Faça fotografia, não faça guerra.
Faça mímica, não faça guerra.
Faça cara de palhaço, não faça guerra.
Faça cinema, não faça guerra.
Faça um jardim, não faça guerra.
...

Minha lista de sugestões não acaba por aqui. Ela é só o princípio de um enumerado quase infindável de belas e proveitosas opções que há a nosso dispor nesse mundo. Por que escolher a dor e o sofrimento???

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Pensamentos carnavalescos

Nesses tempos em que a magia dos bailes já não me parece tão encantadora como costumava ser nos idos de meus catorze, quinze anos, agradeço estar numa cidade que fica tranquila, silenciosa e vazia nesses quatro dias festivos. Posso aproveitar para dedicar-me inteiramente ao ócio. Que delícia é fazer nada no carnaval!

Bem, para não dizer que não fiz nada, arrumei a cama (não todo dia, eu e maridão alternamos para não cansar ninguém); lavei as louças matinais (nssa tarefa nao encontrei nenhum voluntario que compartilhasse comigo a labuta); fiz croché (resolvi exercitar talentos manuais e fazer uma blusinha. Bem abertinha, para acabar logo e não abusar da minha paciência geminiana); assisti ao desfile de duas escolas de samba (antes de cair no sono) e, o melhor de tudo, assisti às olimpíadas de inverno em Vancouver.

Tornei-me a mais nova fã do esqui cross country. Pensando seriamente em tornar-me uma adepta assim que eu encontrar a primeira montanha gelada pela frente. Isso se o medo de altura e o pânico de quedas e contusões não me atrapalharem. Também preciso lidar com a aversão ao frio. Mas tudo isso são detalhes, o que importa é o desejo de deslizar e voar sobre o gelo. Neste estágio em que me encontro, apenas o pedido emocionado de um ente querido preocupado com minha integridade fisica abalaria minha convicção de matricular-me no próximo curso disponível aqui em Brasília.

Voltando ao carnaval, como ócio de mãe tem limite, cumprimos nosso dever de cultivar a cultura e a tradição e levamos a filhotinha e os priminhos a um baile infantil, promovido por um shopping aqui perto de casa. É um shopping aberto e a cobertura plástica amenizou mas não impediu a entrada do calor escaldante desses últimos dias. Filhotinha não quis nem vestir fantasia. "Mãe, tá muito calor para colocar uma roupa colada". Nem ousei discutir com alguém com tamanha convicção e sabedoria. Sempre adepta do conforto e do bem estar, em detrimento da estética e do sofrimento, admiro essa filha. E confesso sentir um imenso alívio ao supor que jamais serei surpreendida por vê-la protagonizando manchetes e e-mails como os que vi recentemente da moça que decidiu ter os lábios vaginais costurados e os mamilos arrancados e conservados em nitrogênio (pelo próprio marido cirurgião) para desfilar completamente nua numa escola de samba.

(Penso que nunca médicos e monstros andaram tão próximos).

Voltando às olimpíadas de inverno, hoje conheci o esporte mais ridiculo que já vi na vida. Era tão bobo que quando liguei a TV e vi uns moços passando uns rodinhos na pista de gelo, ao lado do que me pareciam uns ioiôs gigantes, imaginei que fosse o pessoal da organização secando e preparando a pista, corrigindo desníveis e fiquei aguardando para ver que modalidade logo teria início. Até descobrir, para meu espanto, que não estavam limpando. Aquilo era a competição mesmo. O mais surpreendente era a emoção da plateia com os movimentos das peças provocados pelos jogadores. O que são as diferenças culturais!

Recorri mais uma vez a Saint Google, para descobrir do que se tratava. Descobri que o tal de 'curling', parece ser bastante praticado e apreciado no Canadá, Estados Unidos e norte da Europa e é também conhecido como "xadrez no gelo", por suas possibilidades estratégicas. Ok, xadrez também é chato para quem assiste (e principalmente para quem não entende), mas pelo menos os jogadores ficam confortavelmente sentados e fazendo cara de inteligentes, e não correndo atrás de uma esfera de granito de 20kg, esfregando compulsivamente um rodinho minusculo no gelo tentando conduzi-la pela pista, sem encostá-la e, assim, atrapalhar o movimento do adversário. Que tédio!

Quem discorda totalmente de mim e ficou altamente entusiasmado pelo esporte, seguem alguns links, para busca de mais informações e um vídeo ilustrando a minha pobre descrição.

Links para páginas informativas:
Curling.com
http://www.curlingbasics.com/
curling is fun

Links para vídeos:
Curling 8 ender
Curling Rock Drag Effect (Pura emoção!!! E a torcida vibra alucinada!!!)

Chega de esportes. Voltarei aos meus minutos finais de descanso. Bom fim de carnaval!

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Balança desigual

Ontem foi o primeiro dia de aula de minha filha, agora com nove anos. Sua pequena turma de 16 alunos era formada por 13 meninas e 3 meninos.
Provavelmente terão que inovar na tradicional quadrilha junina!...

Hoje fui levá-la à academia. Sua turma de taekwondo, arte marcial de origem coreana, era formada por 11 meninas. Nenhum menino. Repetindo: nem um menino. Zero.

Confesso meu espanto.

Começo a temer pelo futuro dela.

E da humanidade...