No último sábado fomos desmontar toda a decoração de natal. Árvore, com seus laços dourados e tons de vermelho bordô, papais noéis, bonequinhos de biscoitos, corações e, claro, luzinhas e luzinhas; panos de mesa decorados; vasos de flores; enfeites artesanais criativos e até uma vestimenta típica para o vaso sanitário do lavabo.
De repente estava tomada por uma profunda nostalgia.
Era o natal e tudo o que ele representa indo embora - as cores, luzes, o espírito solidário, a fraternidade, o clima de festa, o encontro, o perdão, a esperança...
O ano novo estava irremediavelmente começando. O cotidiano, a rotina, o trabalho, o trânsito, as notícias de enchentes, o descaso do poder público, o descompasso familiar, o vai-e-vem caótico de passos, pessoas, pensamentos e vidas apressadas. Vidas tantas vezes desprovidas de poesia. De sentido, de amor, de paz, de paixão. Vidas sem vida.
Que saudade do natal! Do amor de Cristo, do nascimento, dos presépios, das manjedouras, da comilança, da família reunida... Queria fazer tudo de novo! Queria um ano inteiro de dezembros!
Um comentário:
Hoje, passei mesmo por aqui para ler você. Nostalgia de Natal? Fica assim não! Você é dessas pessoas que constroem natais o ano todo e os esparrama ao redor. Puxa, você não percebe que carrega os natais dentro de você, menina? Beijo grande.
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