Na cidade de asfalto e grama e gente que anda rápido é uma tarde qualquer de um janeiro cinza e chuvoso. Saio do consultório médico, onde esperei meia hora para conseguir um papel e uma assinatura, deixando para trás uma atendente falastrona, com seus modos inapropriados e sua incompetência indiscreta. Uma mulher saía com face pálida, dois frascos com material para análise e um marido abatido.
Paro numa lanchonete. Um rapaz e uma moça pedem duas cervejas e uma dose de cachaça. São 4 da tarde. Antes de recriminá-los em silêncio, aproveito para repor minha dose diária de cafeína - 'Um café e uma coca, por favor."
O trânsito segue seu ritmo. Dirijo distraída mascando um chiclete de hortelã e remoendo minhas angústias e incertezas. Uma mulher atravessa a rua com um jovem aleijado em seu passo esquisito. À frente, um rapaz segue com uma coroa de flores em direção ao cemitério. Tenho uma sensação egoísta de felicidade por não serem para mim. Lembro que em casa há um cesto de roupas para serem passadas. Esqueço do resto.
Brasília, 22/01/08.
A idéia é refletir, meditar, discutir, desabafar... histórias, sentimentos, experiências, vivências... o cotidiano dessa vida urbana louca de uma mulher - mãe, profissional, esposa, dona-de-casa - em busca de viver e de ser feliz.
segunda-feira, maio 17, 2010
segunda-feira, maio 10, 2010
Escolhendo o nome
Passada a fase inicial da gravidez, os receios de um aborto espontâneo, os enjoos, a confirmação de um bebê com todos os órgãos saudáveis, começamos a dedicar o pensamento a coisas mais amenas e divertidas, como a escolha do nome.
Embora todas tenhamos em nossa infância a certeza de quantos filhos teremos, os respectivos gêneros, a diferença de idade entre cada um e como se chamarão, após crescermos, iniciarmos nossa vida profissional e encontrarmos um pai para nossos filhos, a coisa muda um pouco de figura e precisamos negociar várias coisas, inclusive a graça do rebento. Quando não se trata do primeiro, então, os parceiros de negociação aumentam e o processo é bem mais lento e complexo do que parecia até então.
Além de tentar encontrar um nome que atenda a todos os requisitos e gostos de todos os envolvidos na história, que tenha um significado aprazível, que soe bem com os sobrenomes, que combine com o(s) nome(s) do(s) irmão(s), que seja diferente pelo menos dos primos mais próximos, podemos considerar ainda outras variáveis para impactar em nossa escolha, como o recém descoberto 'status social e financeiro' do nome.
Dia desses uma colega de trabalho contava o diálogo que teve com sua empregada:
Empregada: Engraçado, né, a senhora é rica e colocou nome de pobre nos seus filhos (Pedro e Miguel) e eu, que sou pobre, tenho dois filhos com nome de rico.
Patroa (encantada com a sutileza e a lógica da moça): É mesmo?! E quais os nomes deles?
Empregada (serena e convicta de sua análise sociológica da matéria, após um breve suspiro e uma pausa dramática): Denis Douglas e Jeferson Walace. (Ou seria Dennis Douglas e Jefferson Wallace?)
(...)
Isso me fez repensar minhas possibilidades. Nada de Clara, Anita ou Paula. Resolvi acrescentar à minha lista nomes mais 'chiques'. Talvez Stefanie Louise, Suelen Katie ou Marylin Katheleen.
Ou seria melhor Marylin Louise, Suelen Kathellen ou Stefanie Katie? Ou ainda Stefanie Suelen, Katie Marylin ou Louise Katheleen?
Oh dúvida, oh céus!!
Embora todas tenhamos em nossa infância a certeza de quantos filhos teremos, os respectivos gêneros, a diferença de idade entre cada um e como se chamarão, após crescermos, iniciarmos nossa vida profissional e encontrarmos um pai para nossos filhos, a coisa muda um pouco de figura e precisamos negociar várias coisas, inclusive a graça do rebento. Quando não se trata do primeiro, então, os parceiros de negociação aumentam e o processo é bem mais lento e complexo do que parecia até então.
Além de tentar encontrar um nome que atenda a todos os requisitos e gostos de todos os envolvidos na história, que tenha um significado aprazível, que soe bem com os sobrenomes, que combine com o(s) nome(s) do(s) irmão(s), que seja diferente pelo menos dos primos mais próximos, podemos considerar ainda outras variáveis para impactar em nossa escolha, como o recém descoberto 'status social e financeiro' do nome.
Dia desses uma colega de trabalho contava o diálogo que teve com sua empregada:
Empregada: Engraçado, né, a senhora é rica e colocou nome de pobre nos seus filhos (Pedro e Miguel) e eu, que sou pobre, tenho dois filhos com nome de rico.
Patroa (encantada com a sutileza e a lógica da moça): É mesmo?! E quais os nomes deles?
Empregada (serena e convicta de sua análise sociológica da matéria, após um breve suspiro e uma pausa dramática): Denis Douglas e Jeferson Walace. (Ou seria Dennis Douglas e Jefferson Wallace?)
(...)
Isso me fez repensar minhas possibilidades. Nada de Clara, Anita ou Paula. Resolvi acrescentar à minha lista nomes mais 'chiques'. Talvez Stefanie Louise, Suelen Katie ou Marylin Katheleen.
Ou seria melhor Marylin Louise, Suelen Kathellen ou Stefanie Katie? Ou ainda Stefanie Suelen, Katie Marylin ou Louise Katheleen?
Oh dúvida, oh céus!!
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