Primeira vez é sempre uma emoção. Seja o que for. Ouvir as primeiras palavrinhas de um filho... põe emoção nisso!!
Esse nono mês foi de muitas realizações. Começou a engatinhar, firmar-se melhor de pé, aprendeu a abaixar para pegar objetos e também falou suas três primeiras palavrinhas, exatamente nessa ordem:
1) au-au. Palavra que designa os cachorros, como já devem ter presumido, mas também todo e qualquer outro animal que tenha quatro patas, de ovelhas a dinossauros, passando por camelos e girafas.
2) Abb. A pronúncia é seguida por um bico, que dura uns 2 a 3 segundos, simplesmente hilário. Aprender essa palavrinha, que se refere à 'água' é simplesmente uma questão de sobrevivência aos bebês brasilienses. Nesse início de seca, em que a umidade já começa a baixar dos 30% não dá para ficar confiando na memória dos pais!
3) Por fim, a tão esperada: 'ma-ma'!! Que depois percebi significa tanto 'mamãe', quanto 'mamar', o que me deixou na dúvida se ela entende a diferença entre um e outro, ou se para ela ainda são sinônimos, o que de qualquer forma não deixa de ser bom.
Amanhã a queridinha vai começar sua vida escolar. Com a saída da babá, vai ser institucionalizada em um berçário. Tadinha! Confesso que esse não é exatamente o meu ideal de vida para um bebezinho, gostaria muito que ela pudesse ficar em sua casa, no seu cantinho, com suas coisinhas. Entretanto não vivemos mesmo em um mundo ideal, então dentre as possibilidades que nos apresentavam, consideramos que era a menos pior. Felizmente pudemos escolher uma creche muito legal, que está há muitos anos em funcionamento na cidade e parece contar com bons profissionais. Agora só nos resta esperar que ela seja muito bem cuidada e viva bons momentos por lá.
Boa sorte, fofuchinha!!!
A idéia é refletir, meditar, discutir, desabafar... histórias, sentimentos, experiências, vivências... o cotidiano dessa vida urbana louca de uma mulher - mãe, profissional, esposa, dona-de-casa - em busca de viver e de ser feliz.
domingo, julho 31, 2011
quinta-feira, julho 14, 2011
Infância e paz
"A infância é o chão sobre o qual caminhamos o resto de nossos dias".
Lya Luft
Estava em cartaz na Câmara dos Deputados, e eu tive a oportunidade de visitá-la por três vezes, a exposição Infância & Paz, que nesta edição de 2010 abordou o terma "A importância dos Primeiros Laços entre o Bebê e os cuidadores".
Promovida pelo Senado Federal, que instituiu a Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura de Paz, e com o apoio da Rede Primeira Infância, instituições da sociedade civil e o patrocínio da Petrobrás, a exposição era um convite explícito e emocionado à reflexão sobre a importância do vínculo, do afeto e do amor na constituição neurológica, psíquica e social do ser humano e sobre a situação, tantas vezes vulnerável, das crianças brasileiras.
Não preciso dizer que, nas três vezes que por lá, chorei.
Passei e viajei por cada fotografia, por cada pintura reproduzida em grandes pedaços de pano, que pendiam por pregadores, como num cotidiano e conhecido varal de histórias, pensamentos, fatos, reflexões, rostos, corpos e poemas.
Sim, chorei todas as vezes, porque não tinha como evitar. Pensava na minha filha, em todo o amor que tínhamos para oferecer a ela, no como era gostoso ficarmos juntas, rosto com rosto, coração com coração e não conseguia entender porque não poderia ser assim, sempre. Com cada criança que nascesse nesse mundo.
Segue um pouco do que vi:
"A importância do carinho é evidente desde o nascimento. Depois que o bebê passa nove meses no aconchego do ventre, com casa, comida e calor, o sistema que informa ao seu cérebro sobre carícias na pele funciona como um poderoso "detector de mãe"
Não receber carinho, portanto, é sinal para a criança de que ela não tem por perto nem mãe, nem outra pessoa que ofereça cuidados e segurança.
Se os 'detectores de mãe' não são ativados logo após o nascimento, o cérebro interpreta a situação como um risco à vida e dispara o alarme, dando início a uma resposta generalizada ao estresse.
(Suzana Herculano Houzel)
O Laço e o Abraço
(Maria Beatriz Marinho dos Anjos)
Vamos falar de laços e abraços?
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... Uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira,circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
Devargazinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo o que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode-se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, iguais meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
Lya Luft
Estava em cartaz na Câmara dos Deputados, e eu tive a oportunidade de visitá-la por três vezes, a exposição Infância & Paz, que nesta edição de 2010 abordou o terma "A importância dos Primeiros Laços entre o Bebê e os cuidadores".
Promovida pelo Senado Federal, que instituiu a Semana de Valorização da Primeira Infância e Cultura de Paz, e com o apoio da Rede Primeira Infância, instituições da sociedade civil e o patrocínio da Petrobrás, a exposição era um convite explícito e emocionado à reflexão sobre a importância do vínculo, do afeto e do amor na constituição neurológica, psíquica e social do ser humano e sobre a situação, tantas vezes vulnerável, das crianças brasileiras.
Não preciso dizer que, nas três vezes que por lá, chorei.
Passei e viajei por cada fotografia, por cada pintura reproduzida em grandes pedaços de pano, que pendiam por pregadores, como num cotidiano e conhecido varal de histórias, pensamentos, fatos, reflexões, rostos, corpos e poemas.
Sim, chorei todas as vezes, porque não tinha como evitar. Pensava na minha filha, em todo o amor que tínhamos para oferecer a ela, no como era gostoso ficarmos juntas, rosto com rosto, coração com coração e não conseguia entender porque não poderia ser assim, sempre. Com cada criança que nascesse nesse mundo.
Segue um pouco do que vi:
"A importância do carinho é evidente desde o nascimento. Depois que o bebê passa nove meses no aconchego do ventre, com casa, comida e calor, o sistema que informa ao seu cérebro sobre carícias na pele funciona como um poderoso "detector de mãe"
Não receber carinho, portanto, é sinal para a criança de que ela não tem por perto nem mãe, nem outra pessoa que ofereça cuidados e segurança.
Se os 'detectores de mãe' não são ativados logo após o nascimento, o cérebro interpreta a situação como um risco à vida e dispara o alarme, dando início a uma resposta generalizada ao estresse.
(Suzana Herculano Houzel)
O Laço e o Abraço
(Maria Beatriz Marinho dos Anjos)
Vamos falar de laços e abraços?
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... Uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira,circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
Devargazinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo o que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode-se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, iguais meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
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