A idéia é refletir, meditar, discutir, desabafar... histórias, sentimentos, experiências, vivências... o cotidiano dessa vida urbana louca de uma mulher - mãe, profissional, esposa, dona-de-casa - em busca de viver e de ser feliz.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Edith Piaf - Um hino ao amor
Sexta passada fomos ao cinema assistir ao filme sobre Edith Piaf. Achei que fosse gostar, mas gostei muito mais. Sabia que sua vida fora difícil, mas ainda me surpreendi. Não precisa dizer que chorei lágrimas e lágrimas. Ao final, no banheiro feminino só se escutavam os sons de funga-funga e viam-se narizes vermelhos transitando apressados.
Desde então pus meu CD de Bibi Ferreira cantando Piaf no carro e é só isso que tenho escutado.
Seguem dois vídeos para quem quiser desfrutar do prazer dessa voz belíssima que toca o fundo do coração:
Non, je ne regrette rien
La vie en Rose
sexta-feira, novembro 16, 2007
(Não) falando de amor
Estou estudando espanhol e meu professor é fã das novas tecnologias aplicadas ao ensino. Então temos um forum virtual onde exercitamos a habilidade de escrita e argumentação.
Nesta semana, o tema que ele escolheu foi "amor e paixão". Aí eu percebi o quanto me era complicado falar disso.
Deu branco!
Justamente para mim, cujo lema de vida um dia já foi "viver e não ter a vergonha de ser feliz, amar e amar e amar e não ter a vergonha de ser um eterno aprendiz" (adaptação da canção de Gonzaguinha).
Ele perguntava se existia o amor e a paixão e se já tínhamos experimentado isso. Claro que sim. Claro que já. Inúmeras vezes. De tantas formas diferentes, que já perdi a conta. Amor amigo, amor amante, amor colegial, amor adolescente, amor universitário, amor apaixonado, amor louco, amor pé-no-chão...
Ele não perguntou, mas claro, já sofri muito de amor. Já fui ao fundo do poço. Já quase morri de amor.
Ah, até já acreditei em morrer de amor!
Queria a todo custo encontrar o amor ideal. O amor vivo, apaixonado, a alma gêmea. Creio que encontrei.
E foi infinito enquanto durou, assim como o poema do meu encantado Vinícius.
Depois acho que me tornei mais prática. E desisti de sofrer por amor. E quis procurar um amor real. De carne e osso. Um amor que não me fizesse sofrer. Um amor cotidiano. Um amor que andasse junto de mim. Que tentasse, que procurasse, que quisesse, que sofresse, que chorasse, que temesse... Tudo junto.
Creio que encontrei.
Houve época em que eu preferia sofrer por amor do que não amar. Hoje não prefiro mais.
Creio que amadureci (ou envelheci?).
Como ainda não aprendi a falar de amor, deixo aqui as palavras do mestre.
SONETO DE FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vive-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Mais de Brasília
Simples - Ser ou não ser
Ustedes cuando aman
exigen bienestar
una cama de cedro
y un colchón especial
nosotros cuando amamos
es facil de arreglar
con sábanas qué bueno
sin sábanas da igual.
(Ustedes y nosotros - Mario Benedetti, en El amor, las mujeres y la vida. 16ª ed. Madrid: Santillana Ediciones Generales, S.L.
Simplicidade...
Admiro as pessoas que a cultivam. Não sou assim. Não estou acostumada a ser assim.
Prefiro amar em lençóis de seda (se pudesse), deitar em travesseiros com penas de ganso em uma cama super king. Acho lindo amor na relva, nas pedras à beira-mar, na areia da praia. Na teoria. Na prática, simplesmente, não combina comigo. Penso no mato pinicando, nas pedras arranhando, nos grãos de areia se enveredando por caminhos indesejáveis. Não dá.
Hoje escrevi num post de uma apresentação virtual em um curso a distância de que estou participando: sou uma urbanóide inveterada. Falava do meu desconforto no campo e nas cidades pequenas - sem cinema, sem hospitais confiáveis, sem banco 24 horas, sem agito. Tudo bem que sem poluição, sem estresse, sem trânsito caótico e risco de sequestro relâmpago. Ainda assim, adoro as cidades! Seu agito, o movimento, os barulhos, as ruas asfaltadas, os pisos de granito, os monumentos, os museus, as histórias, as inúmeras possibilidades.
Gosto dos encontros e do anonimato das grandes cidades. Dos cafés e dos bares. Da gente que anda apressada. Dos prédios desafiando os céus. Das pontes e viadutos. Das luzes, das luzes, das luzes...
Copyright: Donald R. Swartz (http://www.shutterstock.jp/language.pt/pic.mhtml?id=2740583)
terça-feira, novembro 13, 2007
Primavera em Brasília
segunda-feira, novembro 12, 2007
Folga, que folga?
Quanto tempo sem passar por aqui!
Estava de férias de mim mesma. Pena que a cada vez que passava por um espelho, lá estava eu, a me perseguir. Por isso é que nessas horas gosto de deitar na cama e olhar pro teto. Olhar para o branco e deixar o pensamento fluir...
O problema é que logo esse branco vira uma mancha aqui, outra acolá, uma poeira atrevida, uma quina lascada. Necessidade de pintor, marceneiro, conversa com empregada. E lá se vai, num lampejo de instante, o meu descanso, a contemplação, a fuga planejada.
Tirei uma semana de folga. Dias de recesso não gozados à época. Tinha que aproveitar. Fui ao verdureiro, ao cabelereiro, ao médico da filha, à psicoterapia. Fiz unha - mão e pé - e depilação - completa (poupem-nos dos detalhes sórdidos). Massagem não deu tempo. Arrumei armário, mala para viagem, caixa de papel velho. Resolvi pendências de trabalho, estudei, fiz exames - ecografia, mamografia, histerosalpingografia. (Que não me venham com novas grafias!)
Acordei cedo todos os dias.
É... não tive folga!
Não vi Sessão da Tarde, Vídeo Show, nem Vale a Pena ver de novo. Não dormi todos os dias após o almoço. Não fui ao cinema. Vi Jô Soares uma noite. Jornal não vi. Ufa!
Nem fiz compra de mercado. (Hoje almoçamos sem feijão!)
Passamos o fim-de-semana em São Paulo. Festividades de família. Encontro, abraço, beijo, festa, riso. Museu, livraria, comida boa, pulsação. Tudo muito bom! Menos a despedida. (e o trânsito!)
Saudade, gosto de quero-mais.
Estava de férias de mim mesma. Pena que a cada vez que passava por um espelho, lá estava eu, a me perseguir. Por isso é que nessas horas gosto de deitar na cama e olhar pro teto. Olhar para o branco e deixar o pensamento fluir...
O problema é que logo esse branco vira uma mancha aqui, outra acolá, uma poeira atrevida, uma quina lascada. Necessidade de pintor, marceneiro, conversa com empregada. E lá se vai, num lampejo de instante, o meu descanso, a contemplação, a fuga planejada.
Tirei uma semana de folga. Dias de recesso não gozados à época. Tinha que aproveitar. Fui ao verdureiro, ao cabelereiro, ao médico da filha, à psicoterapia. Fiz unha - mão e pé - e depilação - completa (poupem-nos dos detalhes sórdidos). Massagem não deu tempo. Arrumei armário, mala para viagem, caixa de papel velho. Resolvi pendências de trabalho, estudei, fiz exames - ecografia, mamografia, histerosalpingografia. (Que não me venham com novas grafias!)
Acordei cedo todos os dias.
É... não tive folga!
Não vi Sessão da Tarde, Vídeo Show, nem Vale a Pena ver de novo. Não dormi todos os dias após o almoço. Não fui ao cinema. Vi Jô Soares uma noite. Jornal não vi. Ufa!
Nem fiz compra de mercado. (Hoje almoçamos sem feijão!)
Passamos o fim-de-semana em São Paulo. Festividades de família. Encontro, abraço, beijo, festa, riso. Museu, livraria, comida boa, pulsação. Tudo muito bom! Menos a despedida. (e o trânsito!)
Saudade, gosto de quero-mais.
Assinar:
Postagens (Atom)