sábado, maio 05, 2007

O mundo em duas voltas

Ontem fomos assistir, na sessão da meia-noite (acho isso tão romântico!), ao filme “O Mundo em Duas Voltas”, um documentário sobre a (segunda) viagem de volta ao mundo da Família Schürmann (a primeira, iniciada em 84, durou dez anos). Em pouco mais de 2 anos, eles seguiram a mesma rota (praticamente) de Fernão de Magalhães, Comandante que descobriu a passagem do Atlântico ao Pacífico, através de um estreito no sul da Argentina, que recebeu o seu sobrenome.
Engraçado como as coisas acontecem na vida da gente. Soube do filme por acaso, ouvindo uma entrevista do David Schürmann, filho e diretor, num programa de rádio que eventualmente ouço (e me divirto) ao ir para o trabalho – o “Transa Louca”. Além de uma oportunidade de prestigiar a produção nacional, achei que seria mesmo uma história muito interessante. Mas achei mais que interessante. O filme mexeu comigo, na verdade, conosco (descontando, claro, a parte que o marido recém-saído de uma comemoração com amigos dormiu. Nessas partes, só eu me emocionei!)
No site do filme – www.omundoemduasvoltas.com.br – que, aliás, está super bonito e bom montado dá para ter uma noção, mas quem gostar de ver coisas diferentes e tiver a oportunidade de ir, não deveria perder.
De tudo, o que mais me impressionou – fora a loucura de estar no mar, muitas vezes não tão pacífico, fora a maravilha de passar dias em lugares fantásticos como a Polinésia, fora a riqueza de conhecer povos tão diferentes e encontrar novos e velhos amigos, fora a emoção de chegar ao Brasil, em Porto Seguro, no dia 22 de abril de 2000 – foi uma personagem que esteve presente, fazendo as vezes de protagonista e figurante o tempo todo: a simplicidade. A despeito de todo o complexo planejamento e logística necessários para uma proeza dessas, trata-se do relato de uma vida simples. O registro de uma história de vida em família. Com suas dificuldades, suas delícias e suas peculiaridades. História de gente simples, mas extremamente especial.
No final, papai Vilfredo deixa uma mensagem que eu gostaria de repetir aqui, pois não compromete a surpresa do filme, é linda, e dita por alguém que tem toda a legitimidade para dizer. Era algo assim: “Estar no mar me faz pensar na importância de ter tempo para fazer as coisas que mais gosto, no caso estar com as pessoas que mais amo. Me faz pensar na importância de ter tempo para sonhar... e na importância de ter tempo para realizar os sonhos.”

P.S.: No site da família (http://www.schurmann.com.br), há outras informações sobre as estratégias para captação de recursos, busca de patrocinadores, os projetos e produtos associados e os resultados de todo o sucesso dessa viagem, que foi transmitida em tempo real para escolas e programas em vários locais do mundo.

2 comentários:

Keiko disse...

Oi Juliana!
Vim conhecer o seu cantinho e já gostei!
Eu adoro essa histórias da Familia Schurman, Amyr Klink e esses outros que fazem coisas malucas, que parecem tiradas de livro e que eu provavelmente nunca faria, mas acho o máximo. A volta ao mundo é sempre um dos meus planos, só falta ganhar na loteria, aí provavelmente eu não iria nem de barco (talvez um transatlântico:), nem de balão, mas iria com certeza.
Eu adoraria ver o filme, será que estréia por aqui? ;-)

Beijinho e até,
Keiko

Juliana Werneck disse...

Keiko, também faço parte deste time dos tão-somente-admiradores. Só de pensar na possibilidade de ficar à deriva, de encarar uma tempestade com ondas de 10 metros, ou de ficar parada do meio do nada por falta de vento... me dá uma súbita e infinita vontade de ficar no conforto da minha casa... Mas num mesclando avião, trem, carro e navio, a viagem ao mundo ficaria mais a minha cara! :-)
Quanto ao filme passar por aí, não consegui descobrir. O site só menciona cinemas no Brasil. Mas se não der para ver no cinema, vale a pena ver em DVD.
Obrigada pela "visita"! Foi um prazer recebê-la!!
Beijos..