quarta-feira, maio 14, 2008

Pai Herói

Era uma tarde de sol na pequena e pacata cidade goiana de Morrinhos. O pai aposentado acabava de cumprir um de seus rituais e entrava no carro, após ter realizado a visita sagrada ao Banco.

Tudo seguia como de costume, quando um meliante de plantão aproximou-se do satisfeito motorista já sentado e pediu-lhe a carteira. O pai rebelde negou-se a entregá-la. O bandido compreensivo solicitou então que lhe fosse dado o carro. O pai irredutível novamente nega-se a entregar-lhe qualquer coisa (neste caso, as chaves do estimado (e recém-adquirido, diga-se de passagem) meio de transporte). O larápio, a esta altura, impaciente, toma-lhe, então, os óculos da cabeça e sai caminhando apressadamente.

Pensam que a vítima insolente deu-se por vencida?

Claro que não! O fã de Chuck Norris e Charles Bronson (e mais recentemente de Jack Bauer) não titubeou. Ligou o carro e saiu, sorrateiramente, a seguir o inimigo, que, satisfeito com sua vitória, não percebeu que era observado de perto e entrou tranqüilamente num bar.

Iluminado por uma faísca de bom senso, o aspirante a investigador resolve procurar um policial de verdade. Felizmente, conseguiu encontrar um do tipo bem-disposto-e-eficiente, que não só o acompanhou até o bar, mas prendeu o sujeito e recuperou os tão desejados óculos!

Nada como um final feliz!! O vilão na cadeia e o herói recuperando-se do susto!!

Um comentário:

Flavinha disse...

Adorei o jeito que você escreveu, ficou muito divertido e acho que nem era para ser, né?
Já que teve um final tão feliz, é melhor por um pouquinho mais de juízo na cabeça desse pai herói, pois nem todo meliante é tão compreensivo...
Beijos.