Hoje meu nariz sangrou. Sinal inconteste de que a seca chegou.
Pelo menos na minha casa! Ou no ar que respiro aqui no centro do Planato Central do Brasil.
Acham que fiquei triste? Que nada!! Amei!! Só alegria!! Amo seca!!
Céu totalmente límpido, nenhuma nuvem... Contemplar o horizonte longe, longe, sem nenhuma interrupção, o olhar parece querer chegar no fim da Terra.
Brinco com minha filha de achar pedaço de nuvem. Temos que procurar muito...
Para ser mais maravilhoso só faltava avistar um mar muito azul no fim do céu!... Mas aí seria o paraíso! Aí não daria vontade de ir trabalhar, nem de estudar... Seria um convite ao ócio. Aí não ia prestar muito (será que não? ou será que é apenas a minha concepção limitada de mundo que me faz pensar isso?). Deixa prá lá...
Compartilho a opinião de alguns de que só devia chover em floresta e em plantação.
Aliás, se São Pedro fosse mais esperto não deixaria chover em cidade. Ainda mais em cidade brasileira. Para quê? Só para derrubar barranco, entupir boeiro, criar poça d'água e alagar casa de gente pobre.
Odeio poças d'água!!!
Com todas as minhas forças!
Elas não servem para nada. Assim como as baratas e todos os insetos em geral (e não me venha nenhum biólogo, entomólogo, estudiólogo argumentar o contrário, pois não pretendo ser convencida do contrário).
Sobre as poças d'água sempre passa um veículo conduzido por um motorista insensível e apressado que espirra água barrenta em nossa farda de trabalho e nem ao menos se dá conta do estrago que causou. Quando isso me acontece ao sair de meu carro, já fico furiosa. Mas e quando acontece depois de a pessoa ter passado uma hora no ônibus, ter tomado todo o cuidado do mundo para preservar sua integridade e manter sua aparência minimamente semelhante ao momento em que saiu de casa??
É de enlouquecer!! É de querer xingar a humanidade!!
Mas não vamos lembrar disso. Ainda temos pelo menos uns dois meses e pouco de estiagem. Aproveitemos!
Por isso, Brasília, se já te amo o ano todo, a mim pareces ainda mais linda sob o sol de inverno, quando teu horizonte se abre em azuis e amarelos e se fecha em tons de laranja e lilás.
Um comentário:
Iuhuuuu ! Esta é a minha amiga favorita. Compatível até na raiva pela chuva e na paixão pela seca do Planalto Central. Sair de casa com a certeza de não precisar de guarda-chuva é uma bênção !
Beijinho ensopados daqui,
Flávia.
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