Dia desses estávamos no trabalho elaborando o conteúdo programático de um curso de gestão de equipes. O conceito em questão era 'valores'. Trabalharíamos os valores organizacionais, de equipe e individuais. A idéia era identificá-los e verificar até que ponto eram consonantes e as consequências para o indivíduo, para as equipes e para a organização caso houvesse grande divergência entre eles. Provavelmente infelicidade, adoecimento e baixa produtivade.
O assunto rendeu e logo estávamos filosofando sobre que valores guiavam nossas vidas e escolhas, que valores aprendemos em família ou ao longo da vida, e até que ponto nosso discurso sobre valores era coerente com a nossa prática. Realmente os valores que professamos ter são os que guiam nossas atitudes ao longo da vida ou na rotina do dia-a-dia?
No post anterior eu falava sobre as pequenas coisas do cotidiano. Agora falo sobre coisas grandes da vida. Valores estão dentre aquelas coisas essenciais. Muito nos dizem do que somos, do que acreditamos, de onde viemos. Traduzem nossa identidade social, cultural, histórica, geográfica. Sobretudo representam nossa humanidade. Animais se guiam por instintos, não por valores. Podemos nos dizer humanos porque além de pensarmos abstratamente, projetarmos o futuro, elaborarmos pensamentos e modos de comunicação complexos, apresentarmos consciência e subjetividade, nos comportamos segundo valores.
E é aí onde quero chegar. Essa coisa grande, fundamental está estritamente relacionada com aquelas pequenas coisas. Se não estiver, algo está muito errado. Pois para sermos coerentes e felizes é imprescindível que essas pequenas coisas com que gastamos nosso tempo e onde investimos nosso dinheiro e energia estejam de acordo com os nossos princípios.
Se digo que valorizo a minha saúde, preciso arranjar tempo na minha agenda para cuidar dela. Se acho que minha família é prioridade na minha vida, preciso organizar minha agenda para poder me dedicar a ela. Se acredito que estudo e trabalho são importantes, preciso encaixá-los também no meu dia. Se considero a temperança essencial é assim que preciso pensar agir. E assim sucessivamente...
E então? O que realmente importa? Que valores realmente praticamos?
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