Minha filha, que recém completou sete anos, conseguiu seu primeiro êxito acadêmico - graduou-se com louvor na educação infantil (antigo Prezinho, antigo 3º Jardim, atual 1º ano do ensino fundamental. Vá querer entender...)
COISA MAIS LINDA!!!
Senti-me a mãe da noiva, não, a mãe da filha prestes a receber o Nobel de Física, tamanha a emoção e expectativa.
Gente, que alegria, não tenho mais uma filha analfabeta!
Que alívio!
Agora ela pode pegar ônibus, saber se o banheiro está livre ou ocupado, se é feminino ou masculino (se não tiver figurinha), discernir entre um vidro de limpa-vidros e de amaciante para passar roupas, identificar se o líquido que pretende ingerir é um veneno ou um xarope...
Ai quantas maravilhas nos revela esse mundo das palavras... Que emoção ao ouvi-la ler e recitar os poemas infantis de Cecília Meirelles e contar-me as aventuras de Dom Quixote tiradas dos quadrinhos de Monteiro Lobato. Que emoção ao ouvi-la ler as placas de trânsito, os avisos no elevador, o rótulo de tabasco, a caixa de cereais....
Uma amiga comentava em seu blog a velocidade com que seu bebê chegara aos 18 meses e dizia que em nenhum momento teve pressa de que isso acontecesse, que o tempo se acelerasse. Comentei que eu era exatamente do grupo oposto, a de que torcia para que meu bebê tivesse logo uns quatro anos. É verdade que continuo tendo certo pânico de bebês (muito frágeis e dependentes para o meu gosto). Quando vejo fotos ou filmes de quando ela tinha meses, um ou dois aninhos, aquela bolinha de fofura, sinto saudades, mas vontade alguma de reviver. Entretanto, se pudesse escolher uma idade para congelar o tempo seria essa. Nesse momento em que ainda é roliça e apertável como um bebê, tem aquela vozinha de criança, acredita em papai Noel e coelhinho da Páscoa, vez ou outra ainda foge para a nossa cama, raciocina sob aquela deliciosa lógica infantil, mas já tem argumentos para defender seus desejos e pontos de vista, experiência de vida para compartilhar, sabe tomar banho, vestir-se e alimentar-se sozinha. Desses dias sinto nostalgia desde já.
Um comentário:
Parabéns para a Júlia ! Que emoção !
E eu vou seguindo curtindo o Filhotinho de 1 ano e meio que continua analfabeto da Silva. Que bom !
Beijinho.
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