terça-feira, fevereiro 19, 2008

No horário de almoço

Hoje consegui sair do trabalho meio-dia e cinco para o intervalo do almoço. Fiquei bem orgulhosa de mim mesma. Como estou organizada!
Teria só que dar uma passada no shopping Pier 21 porque recebera uma ligação do meu banco informando que havia esquecido o cartão lá numa loja onde tomara um café.
Ô cafezinho caro!
Logo hoje que eu tinha colocado um salto alto de bico fino! (estou evitando esse tipo de calçado porque tem me dado dor nas costas e enxaqueca - eta PVC). Lá vou eu elegante e dolorida à loja. Ando, ando, ando, chego, me identifico. Agradeço à moça, converso com um amigo que passava por ali, resolvo tomar um café gelado, comprar uns brigadeiros para levar (cadê minha determinação quando falei que evitaria doces e teria uma alimentação regrada e saudável???). A moça sumiu de repente. Volta e diz que a chefe dela fizera o favor de levar o cartão para a Administração e que agora ele deveria estar nos Achados e Perdidos. Por que as coisas não podem ser simples, né?
Pago a conta, reparo bem se estou guardando o outro cartão na carteira, pego informações sobre onde é o local que devo ir - vai à direita, pega o elevador, anda, anda, anda até o fim da garagem, a sala é no final, perto da saída. Realmente, quase caíra do prédio. A garagem estava deserta e parecia que eu seria atacada a qualquer momento por uma criatura sinistra como naqueles filmes de terror.
Tento abrir a porta, está trancada. Em uma mão seguro o copo de café, na outra o pacote de brigadeiros (eram 3 porque seguro morreu de velho), ao tentar bater na porta, o óculos que estava na cabeça cai. Enquanto eu estava na famosa posição de Napoleão com minha calça-verde-berilo-oi-cheguei tentando pegar o óculos e administrar o café e o pacote de doces, um jovem bombeiro musculoso e charmoso (quer dizer nem era tanto, só um pouco) decide abrir a porta com sua camisa de brigadista de malha amarela colada ao corpo e me olha com uma cara meio de espanto, de "que isso?". Levanto descabelada e desengonçada, explico o que procuro, ele vasculha o cofre, me dá um formulário para preencher e assinar, me despeço, ando, ando, ando, chego no carro, ligo para o marido avisando que estou saindo. Ele me conta que sua caneta preferida que ele havia me emprestado na véspera para riscar a lista de compras no supermercado e eu havia deixado em algum lugar fora encontrada pela Caixa que passou nossas compras. Fico feliz (aliviada seria mais correto dizer). Ele me confessa que chegou a pensar que eu poderia fazer algo assim quando foi me emprestar a dita cuja, mas logo ponderou pensando que obviamente eu teria cuidado com uma coisa que ele gostava tanto. Fico calada. Reflito por um instante nas razões que a pessoa teria para supor uma coisa dessas sobre alguém que perdeu o cartão do banco e só ficou sabendo quando foi avisada pelo próprio banco um dia depois e está com a carteira de motorista desaparecida há meses. Cada um com sua lógica! Vá entender... Dirijo até em casa e chego às 13h. Terei 40 minutos para me recompor, almoçar e sair para a batalha.
Oh vida!

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