Muitos dos blogs que visito são de mulheres prendadas que, além de seus múltiplos talentos culturais, científicos e literários, compartilham receitas testadas e aprovadas e devidamente registradas por suas sempre atentas máquinas fotográficas. Eu, que só vou a cozinha para beber água e roubar algo (pronto!) da geladeira (entre cozinhar algo e ficar com fome, sempre opto pela segunda alternativa), me renderei e colocarei aqui o link de uma receita, que não foi testada por mim, claro, mas que, definitivamente, me convenceu. Ademais, é bastante simples de ser seguida e tem origem chinesa, o que é bastante oportuno nesse mês em que estivemos tão ligados em todas as suas tradições, cultura e história.
Falando de comida e humor, não podia deixar de fora esses caras, cujos nomes não consegui identificar, mas que estiveram no Programa do Jô e são muito bons. Vale a pensa ver!
A idéia é refletir, meditar, discutir, desabafar... histórias, sentimentos, experiências, vivências... o cotidiano dessa vida urbana louca de uma mulher - mãe, profissional, esposa, dona-de-casa - em busca de viver e de ser feliz.
domingo, agosto 31, 2008
Chove, chuva
Os pingos começaram tímidos, nessa noite de sábado. As nuvens já vinham se amontoando desde cedo. Embora a meteorologia houvesse avisado, os mais céticos não acreditavam que veriam chuva antes de setembro. Tudo bem que já fazia mais de quatro meses que a terra andava seca, os medidores de umidade batiam na casa dos 13% e as narinas e gargantas já trabalhavam no limite da possibilidade. Ainda assim, foi uma boa surpresa causada por uma frente fria que veio do sul. Hoje, neste domingo em que pretendíamos curtir um clube com os primos, houve mais fartura e a água correu mais solta. Fez até poça! Mas as coisas não continuarão assim. Serão nuvens passageiras. Logo devemos ter mais uma quinzena seca, para aí então vermos o planalto inundar-se.
Céu azul, terra seca, já 'te echo de menos'!
Céu azul, terra seca, já 'te echo de menos'!
terça-feira, agosto 26, 2008
Cada um tem o representante que merece
Estava passeando no site da Câmara Legislativa do Distrito Federal e me deparei com nomes totalmente novos para mim. Fiquei surpresa em conhecer alguns dos meus representantes na Casa das Leis. Fiquei impressionada ao visualizar, na prática, o que as atuais normas eleitorais são capazes de produzir:
- Deputado Batista das Cooperativas - PRP (Partido Republicano Progressista) - Que tal esse nome, hein?
Só não superou o simpático
- Deputado Pedro do Ovo - PMN (Partido da Mobilização Nacional). Me identifiquei totalmente com esse. Tornou-se meu favorito. Acho que agora só vou dirigir a ele minhas queixas e sugestões.
Tudo bem, encontrei também nomes de velhos conhecidos, como Benício Tavares, já no quinto mandato e muitas condecorações e projetos de leis aprovados. Não lembra? É aquele cuja cadeira de rodas não foi empecilho para estar em um barco cheio de meninas que se prostituíam, numa pescaria apimentada, no meio do rio Negro.
Também encontrei lá sobrenomes conhecidos - Jaqueline e Paulo Roriz. O mesmo daquele senhor que governou o DF por três vezes e que depois teve que largar o mandato de senador, por causa de uma confusão com um cheque emprestado, lembram? Ah, era quantia pouca, já esqueci também...
- Deputado Batista das Cooperativas - PRP (Partido Republicano Progressista) - Que tal esse nome, hein?
Só não superou o simpático
- Deputado Pedro do Ovo - PMN (Partido da Mobilização Nacional). Me identifiquei totalmente com esse. Tornou-se meu favorito. Acho que agora só vou dirigir a ele minhas queixas e sugestões.
Tudo bem, encontrei também nomes de velhos conhecidos, como Benício Tavares, já no quinto mandato e muitas condecorações e projetos de leis aprovados. Não lembra? É aquele cuja cadeira de rodas não foi empecilho para estar em um barco cheio de meninas que se prostituíam, numa pescaria apimentada, no meio do rio Negro.
Também encontrei lá sobrenomes conhecidos - Jaqueline e Paulo Roriz. O mesmo daquele senhor que governou o DF por três vezes e que depois teve que largar o mandato de senador, por causa de uma confusão com um cheque emprestado, lembram? Ah, era quantia pouca, já esqueci também...
Rapidinhas da cidade
- A seca
A seca mais uma vez está maltratando os brasilienses. À noite acordo pelo menos duas vezes para beber água e não há toalha molhada, bacia d'água ou umidificador de ar que dê jeito nisso. Por outro lado, o céu está cada vez mais azul, os ipês incrivelmente amarelos e já sinto uma antecipada nostalgia ao pensar que daqui a um mês essas paisagens serão substituídas por outras bem menos coloridas.
- Os novos ônibus
O governo do GDF tem alardeado por todos os meios e mídias a nova frota de ônibus com acesso apropriado para caderantes (finalmente!). Hoje passei ao lado de um deles, na saída do trabalho. Não havia espaço para uma bailarina esquálida, muito menos para uma cadeira de rodas!
- A gestão eficiente da Câmara Legislativa
Infelizmente, as Casas Legislativas não tem sido exemplo de idoneidade, moralidade, eficiência ou qualidade. Os representantes da capital federal não têm-se mostrado muito diferentes. Aliás, em grande parte, talvez estejam superando a média. Mas recentemente, eles têm-se gabado de fazer uma gestão eficiente (pensei que isso fosse obrigação, obediência à constituição federal). Parece que andaram economizando. 100 milhões segundo as propagandas espalhadas nos para-brisas de táxis, pontos de ônibus e difundidas pelas rádios. 100 milhões que, segundo um cartaz, possibilitaram a construção de não sei quantos centros de saúde, em outro, a continuação das obras do metrô e, num terceiro, representaram mais escolas públicas para os cidadãos candangos. Eta dinheirinho que rendeu!!
A seca mais uma vez está maltratando os brasilienses. À noite acordo pelo menos duas vezes para beber água e não há toalha molhada, bacia d'água ou umidificador de ar que dê jeito nisso. Por outro lado, o céu está cada vez mais azul, os ipês incrivelmente amarelos e já sinto uma antecipada nostalgia ao pensar que daqui a um mês essas paisagens serão substituídas por outras bem menos coloridas.
- Os novos ônibus
O governo do GDF tem alardeado por todos os meios e mídias a nova frota de ônibus com acesso apropriado para caderantes (finalmente!). Hoje passei ao lado de um deles, na saída do trabalho. Não havia espaço para uma bailarina esquálida, muito menos para uma cadeira de rodas!
- A gestão eficiente da Câmara Legislativa
Infelizmente, as Casas Legislativas não tem sido exemplo de idoneidade, moralidade, eficiência ou qualidade. Os representantes da capital federal não têm-se mostrado muito diferentes. Aliás, em grande parte, talvez estejam superando a média. Mas recentemente, eles têm-se gabado de fazer uma gestão eficiente (pensei que isso fosse obrigação, obediência à constituição federal). Parece que andaram economizando. 100 milhões segundo as propagandas espalhadas nos para-brisas de táxis, pontos de ônibus e difundidas pelas rádios. 100 milhões que, segundo um cartaz, possibilitaram a construção de não sei quantos centros de saúde, em outro, a continuação das obras do metrô e, num terceiro, representaram mais escolas públicas para os cidadãos candangos. Eta dinheirinho que rendeu!!
quinta-feira, agosto 21, 2008
Perguntas que não querem calar
Por que os brasilienses...
- não dirigem na pista da direita e deixam a esquerda para ultrapassagem?
- não dão seta antes das curvas ou de mudança de faixa?
- bloqueiam, insistentemente, os cruzamentos?
- não dirigem na pista da direita e deixam a esquerda para ultrapassagem?
- não dão seta antes das curvas ou de mudança de faixa?
- bloqueiam, insistentemente, os cruzamentos?
quarta-feira, agosto 20, 2008
Decisões amorosas de uma filhotinha
Esses dias, num sábado de manhã, enquanto escovávamos os dentes, a filhotinha de 7 anos nos surpreendeu, ao comunicar a iminente tomada de uma decisão muito importante:
- Mãe, acho que eu vou falar pro M. que eu não quero mais namorar com ele.
- É filha!? Respondo após um breve instante sem ar. Em seguida, morta de curiosidade de saber as razões que levariam ao fim desse relacionamento que dura mais de ano, pergunto forçando um tom de naturalidade - Por quê?
- Por dois motivos. (quanta racionalidade numa criatura tão pequena! Quem me dera ter metade dessa clareza!) Primeiro, porque a gente quase não se encontra (putz, justamente o motivo pelo qual esse "namoro" mais me agradava! Ele mora do outro lado da cidade e umas três vezes ao ano vem visitá-la) e segundo porque ele é mais baixo que eu.
Pausa. Que há para se comentar após duas razões tão plausíveis e relevantes??
- Mãe, acho que eu vou falar pro M. que eu não quero mais namorar com ele.
- É filha!? Respondo após um breve instante sem ar. Em seguida, morta de curiosidade de saber as razões que levariam ao fim desse relacionamento que dura mais de ano, pergunto forçando um tom de naturalidade - Por quê?
- Por dois motivos. (quanta racionalidade numa criatura tão pequena! Quem me dera ter metade dessa clareza!) Primeiro, porque a gente quase não se encontra (putz, justamente o motivo pelo qual esse "namoro" mais me agradava! Ele mora do outro lado da cidade e umas três vezes ao ano vem visitá-la) e segundo porque ele é mais baixo que eu.
Pausa. Que há para se comentar após duas razões tão plausíveis e relevantes??
quarta-feira, agosto 13, 2008
Inés del alma mía
Estou numa fase Isabel Allende. Essa mulher que tão bem escreve sobre a força do feminino, o metafísico e o real, sobre a influência da cultura latina sobre o que somos, sentimos e o modo como enxergamos a vida e nos relacionamos, e que tem uma história de vida tão incrível e dramática realmente tem me conquistado.
Acabei de ler um livro relativamente recente (2006), que uma amiga fez o grande favor de me emprestar e sugerir a leitura. Inés del alma mía (título em espanhol) conta a história de Inês Soares e sua fantástica vida, no século XVI, quando partiu da Espanha a fim de procurar o marido militar que partira pro Novo Mundo. Passou pela Venezuela e Peru e acabou participando da conquista do Chile junto com seu grande amor.
Foram quatro anos de pesquisa bibliográfica para a confecção do livro, narrado sob a perspectiva de Inês, que em seus últimos dias escreve esse relato para deixar para sua filha, numa mistura de ficção e história.
Dentre as tantas coisas que me fizeram mergulhar no livro, quero destacar três pontos que me fizeram pensar um bocado. Um refere-se ao tempo e como as inovações tecnológicas, sobretudo na área das telecomunicações, realmente mudaram nosso referencial temporal e toda a maneira como vivemos e lidamos com ele(eles levavam até três anos para enviar uma comunicação para o Rei na Espanha e receber uma resposta de volta - isso a custa de muitas vidas!! Dá para imaginar??). Outra é a coragem e a incerteza. O que movia homens e mulheres a largarem o seguro, o conhecido e entrar numa embarcação duvidosa, encarar meses de uma viagem que causava a morte a muitos e aventurar-se em um local totalmente desconhecido e arisco?? E, por fim, a guerra e a tortura. Será a guerra, a violência inerente ao ser humano, particularmente ao homem? Existirá realmente um prazer supremo na violência extrema? Senão por que homens arriscariam suas vidas por uma causa que não era a sua? Senso de dever somente?
Bem, para quem gosta de um bom épico com muito romance e aventura é uma boa pedida.
Acabei de ler um livro relativamente recente (2006), que uma amiga fez o grande favor de me emprestar e sugerir a leitura. Inés del alma mía (título em espanhol) conta a história de Inês Soares e sua fantástica vida, no século XVI, quando partiu da Espanha a fim de procurar o marido militar que partira pro Novo Mundo. Passou pela Venezuela e Peru e acabou participando da conquista do Chile junto com seu grande amor.
Foram quatro anos de pesquisa bibliográfica para a confecção do livro, narrado sob a perspectiva de Inês, que em seus últimos dias escreve esse relato para deixar para sua filha, numa mistura de ficção e história.
Dentre as tantas coisas que me fizeram mergulhar no livro, quero destacar três pontos que me fizeram pensar um bocado. Um refere-se ao tempo e como as inovações tecnológicas, sobretudo na área das telecomunicações, realmente mudaram nosso referencial temporal e toda a maneira como vivemos e lidamos com ele(eles levavam até três anos para enviar uma comunicação para o Rei na Espanha e receber uma resposta de volta - isso a custa de muitas vidas!! Dá para imaginar??). Outra é a coragem e a incerteza. O que movia homens e mulheres a largarem o seguro, o conhecido e entrar numa embarcação duvidosa, encarar meses de uma viagem que causava a morte a muitos e aventurar-se em um local totalmente desconhecido e arisco?? E, por fim, a guerra e a tortura. Será a guerra, a violência inerente ao ser humano, particularmente ao homem? Existirá realmente um prazer supremo na violência extrema? Senão por que homens arriscariam suas vidas por uma causa que não era a sua? Senso de dever somente?
Bem, para quem gosta de um bom épico com muito romance e aventura é uma boa pedida.
sábado, agosto 09, 2008
Na última quarta tivemos outra edição do 'Poesia no Jardim da Filosofia', com Viviane Mosé, que desta vez recebeu a M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A Elisa Lucinda.
Assim, em maiúsculas, em partes, porque para estar com ela tem que ser com calma, para ouvir cada suspiro de palavra.
Mulher, em toda a acepção da palavra, poderosa, brava e guerreira.
Linda Elisa Lucinda, toda minha admiração por você!!
Aviso da Lua Que Menstrua
Elisa Lucinda
Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
Cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
Às vezes parece erva, parece hera
Cuidado com essa gente que gera
Essa gente que se metamorfoseia
Metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
E ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
Mas é outro lugar, aí é que está:
Cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
Que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
Transforma fato em elemento
A tudo refoga, ferve, frita
Ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
É que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
É que tô falando na "vera"
Conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
Delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
Ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
Já se alcança a "cidade secreta"
A atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
Cai na condição de ser displicente
Diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
Que a mulher extrai filosofando
Cozinhando, costurando e você chega com mão no bolso
Julgando a arte do almoço: eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
Tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
Então esquece de morder devagar
Esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
Chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
Vaca é sua mãe. de leite.
Vaca e galinha...
Ora, não ofende. enaltece, elogia:
Comparando rainha com rainha
Óvulo, ovo e leite
Pensando que está agredindo
Que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!
(LES DEMOISELLES D'AVIGNON - Pablo Picasso - 1907)
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segunda-feira, agosto 04, 2008
Arrumando a casa
Nossa, quanto tempo sem vir aqui!! Passamos uns dias viajando. Fomos conhecer o mais novo membro da família e levar os primos para brincar na casa da avó. A filhota queria ficar lá até outubro. Segundo ela, aí sim, poderia aproveitar a vida. Concordo em gênero, número e grau. Se tivesse três meses de férias no meio do ano e
mais dois no final - ou vice-versa - aí sim, poderia aproveitar a vida!
Todas as crianças adoeceram e esse 'aproveitamento' deixou um pouco a desejar, mas tudo bem, faz parte!
Desde o nosso retorno, há quatro dias, estou arrumando a casa. A impressão é que foram quarenta!
A segunda parte da mudança chegou. Tenho desembalado caixas, selecionado o que deve ser dado, guardado, desprezado e arrumado tudo nos armários que já estão disponíveis. Meu sonho de consumo tem sido um gênio da lâmpada ou uma fada madrinha, mas nenhum dos dois apareceu por aqui então não nos restou outra opção a não ser colocar as mãos na massa mesmo.
Nesse período de tempo, temos observado fenômenos aritméticos muito interessantes por aqui. Se tivesse vocação científica certamente me deteria a estudá-los:
- subtração: na matemática tradicional o resto é sempre menor que o minuendo e subtraendo. Aqui, a conta tem se mostrado diferente. Há uma quantidade X de poeira pela casa, todo dia ela é total ou parcialmente removida. Ao final, incrivelmente, aparece mais poeira.
- multiplicação: A multiplicação celular ou a reprodução são eventos típicos de todos os seres vivos. Por aqui, temos observado acontecimentos semelhantes também em seres não-vivos, o que tem sido bastante assustador, a bem da verdade. Por mais que desembalemos e esvaziemos as tais caixas de papelão, no dia seguinte sempre aparece mais, com mais e mais coisas. Nossa primeira hipótese é que durante a noite elas se aproveitam de nosso sono e se reproduzem como Gremlins.
- potencialização: se antes tínhamos um índice X de visualização da sujeira, hoje com os materiais que optamos para utilizar, temos X a terceira ou a quarta potência. Se alguém está pensando em colocar piso branco no chão da cozinha, já adianto que é uma péssima idéia. Coisa de arquiteto que não faz almoço em casa. Ou pelo menos não limpa a lambança depois.
A despeito disso, estamos bem felizes e satisfeitos na nossa nova casa velha! Todo trabalho tem compensado!
mais dois no final - ou vice-versa - aí sim, poderia aproveitar a vida!
Todas as crianças adoeceram e esse 'aproveitamento' deixou um pouco a desejar, mas tudo bem, faz parte!
Desde o nosso retorno, há quatro dias, estou arrumando a casa. A impressão é que foram quarenta!
A segunda parte da mudança chegou. Tenho desembalado caixas, selecionado o que deve ser dado, guardado, desprezado e arrumado tudo nos armários que já estão disponíveis. Meu sonho de consumo tem sido um gênio da lâmpada ou uma fada madrinha, mas nenhum dos dois apareceu por aqui então não nos restou outra opção a não ser colocar as mãos na massa mesmo.
Nesse período de tempo, temos observado fenômenos aritméticos muito interessantes por aqui. Se tivesse vocação científica certamente me deteria a estudá-los:
- subtração: na matemática tradicional o resto é sempre menor que o minuendo e subtraendo. Aqui, a conta tem se mostrado diferente. Há uma quantidade X de poeira pela casa, todo dia ela é total ou parcialmente removida. Ao final, incrivelmente, aparece mais poeira.
- multiplicação: A multiplicação celular ou a reprodução são eventos típicos de todos os seres vivos. Por aqui, temos observado acontecimentos semelhantes também em seres não-vivos, o que tem sido bastante assustador, a bem da verdade. Por mais que desembalemos e esvaziemos as tais caixas de papelão, no dia seguinte sempre aparece mais, com mais e mais coisas. Nossa primeira hipótese é que durante a noite elas se aproveitam de nosso sono e se reproduzem como Gremlins.
- potencialização: se antes tínhamos um índice X de visualização da sujeira, hoje com os materiais que optamos para utilizar, temos X a terceira ou a quarta potência. Se alguém está pensando em colocar piso branco no chão da cozinha, já adianto que é uma péssima idéia. Coisa de arquiteto que não faz almoço em casa. Ou pelo menos não limpa a lambança depois.
A despeito disso, estamos bem felizes e satisfeitos na nossa nova casa velha! Todo trabalho tem compensado!
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