A idéia é refletir, meditar, discutir, desabafar... histórias, sentimentos, experiências, vivências... o cotidiano dessa vida urbana louca de uma mulher - mãe, profissional, esposa, dona-de-casa - em busca de viver e de ser feliz.
quinta-feira, junho 19, 2008
3 dúzias!
Quando ingressei nos trinta, achei que algo em mim mudaria.
Finalmente me tornaria uma mulher. Pensei na musa inspiradora de Balzaq. Até comprei o livro - Mulher de 30 anos - e coloquei-o em minha cabeceira. Acabei abandonando a leitura logo no início, mas não abandonei o imaginário de estar vivenciando uma idade meio mágica, sublime...
Me sentia poderosa!..
Até me deparar com fatos não tão glamourosos que têm me mostrado que a realidade é mais dura do que parece e que nessa década se estabelece mais fortemente o período de envelhecimento do corpo.
Não é à toa que os cremes anti-rugas são recomendados a partir dos 30 anos!
Esse mês, fiz 36.
Ou seja, 3 dúzias!!
Daqui a pouco mudo de faixa etária de creme!
Já contei aqui algumas dessas histórias de doenças que começaram a me acometer 'de repente'. Os esfíncteres relaxados (nem todos, ainda!), o refluxo, a dor nas costas, os caroços, a gastrite, as cirurgias, os exames. Ah, sem contar a outra categoria de coisinhas - os cabelos brancos, os pneus, a flacidez.
Ô palavra antipática! Além de parecer antipática, soa antipática: fla-ci-dez!!
Hoje dou tchau e meu braço vibra!!! :-(
Pensei que só fosse experimentar isso aos 60 anos!!!
Engraçado ficar velha de um dia para o outro!...
Decidi que não vou mais acenar ao me despedir, vou fazer um outro tipo de sinal. Com os dedos talvez, ou dar apenas um sorriso. Qualquer um compreenderá.
Aos 20, se precisava ir a uma festa e estava mais cheiinha que o desejado, fechava a boca por três dias e emagrecia dois quilos. Hoje, se fecho a boca por três dias, perco três dias e a esperança de entrar no vestido.
Às vezes, decido deixar de bobagens e apelo para a racionalidade. Lembro da Lya Luft e resolvo pensar também nos ganhos do envelhecimento.
Quais eram mesmo??
Preciso ler de novo!
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