terça-feira, junho 17, 2008

Coração de mãe viajando a serviço


Tive que fazer duas viagens a serviço em menos de um mês. Tive, não, eram excelentes oportunidades de atualização e compartilhamento de experiências, então foi um desejo atendido. Muito entusiasmada desde o instante da divulgação do evento até os dias de véspera, quando de repente começa a bater um pânico interior.

Vou sair de casa? Deixar minha filha? Será que ela vai comer, vestir-se (adequadamente!), acordar na hora, dormir na hora, sobreviver à minha ausência???

Brincadeira, já faz tempo que superei essa nóia e essa tendência de me achar imprescindivel à boa ordem familiar, que passei a resistir (quase sempre) aos impulsos de escolher a roupa que deve ser utilizada em cada ocasião e, assim, de querer exercer um tipo de controle e manipulação totalmente desnecessários ao desenvolvimento da autonomia de pai e filha e totalmente desnecessário por si só.

Só não superei a nóia de ficar pensando "e se acontecer um acidente e eu deixar a minha filha órfã?" ou pior "e se acontecer um acidente e a minha filha morrer e eu estiver a quilômetros de distância??".

Noutra vez, depois de chorar horas pensando nessa hipótese, perguntei ao meu marido se ele também pensava essas coisas. Ele me olhou com uma cara de espanto como se estivesse frente-à-frente com um ser de outro planeta e disse que 'claro que não!' Me deixou encucada até hoje.

Será que sou doida??

Um comentário:

Unknown disse...

Eu sei o que é isso, aqui do outro lado do mundo me preocupo muito, faço estas tuas indagações todas, mas mascaro as saudades com a promessa de um futuro melhor para nós dois.

Bjs.